“Ela dara à luz um filho e lhe porás o nome de
Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles” Mt 1:21
O nome JESUS só aparece na Bíblia pela
primeira transliterado nos evangelhos!! Era costumeiro entre o povo
de Israel, colocar um nome que significasse a missão, ou o propósito
do nascimento daquela pessoa. Por exemplo, o nome Elias significa
“meu Deus é o Senhor”, o nome Isaías, significa “Salvação
do Senhor”, Joacaz “O Senhor capturou”, Joás – “O Senhor
é forte”, e assim, o nome de Jesus tem também o seu significado.
Quando o Anjo falou a José que Maria conceberia do Espírito Santo e
daria a Luz a um menino, ele Disse o nome desse menino (JESUS), e
disse o que significava o seu nome através da explicação da sua
missão: “E Ele salvará o seu povo dos pecados deles.”.
Você percebeu que o nome de Jesus explica
justamente sua missão?!! Por isso que Ele é Jesus Cristo... o
Cristo de Deus, que desde Gênesis é anunciado; aquele que viria com
o seu sangue comprar para sí um povo zeloso de boas obras.
Aquele que conhece a Jesus conhece também a sua
missão: Salvar o homem do pecado. Você percebeu na expressão
“salvar”?!! Ela expressa um estado, não um acontecimento...
Jesus veio salvar o homem da escravidão do pecado. Pecado não é
uma situação moral errada em que alguém se envolve... não... isso
é conseguência do pecado, não causa... Jesus não veio tratar a
consequência, e sim a causa!!
“Ouvistes o que foi dito: Não
adulterarás. Eu porém vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher
com a intenção impura, no coração já adulterou com ela” Mt
5:27-28.
O problema do homem é um problema do coração,
não de conduta externa. O propósito de Deus na vinda de seu filho,
é trocar essa natureza doente que todo o homem tem, trocando-lhe o
coração de pedra, por um coração pendente a obedecer ao Senhor,
não com atos externos apenas, mas com humildade e necessidade de
coração.
“Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro
de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos
darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito, e
farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os
observeis” Ezequiel 36:26-27
Quero que você preste algumas expressões: “...
porei dentro de vós espírito novo”, ou seja, uma nova
mentalidade, uma nova maneira de enxergar as coisas, uma disposição
de ver as coisas de Deus de maneira diferente! “Porei dentro de vós
o meu Espírito...”, ou seja, o Espírito Santo de Deus, para que
como Deus, amemos viver uma vida isenta de pecado. Mas o mais
importante de tudo, é que é ELE que faz tudo isso... não é nós
que buscamos, não somos nós que fazemos, mas Ele em nós, faz tudo
o que preciso for!
Mas vemos hoje em dia, pessoas buscando sua
justificação através de suas obras próprias, vivendo uma vida
legalista, querendo agradar a Deus pela obediência da Lei moral e
cerimonial. Através da obediência externa, busca agradar a Deus.
Não cabe em sua mente que a Lei não foi escrita para que o homem a
cumpra, e sim para mostrar a esse mesmo homem, sua incapacidade em
obedecê-la. A Lei foi dada para desmascarar a natureza iníqua do
homem, e apontar para a superabundância da Graça que está em
Cristo Jesus. Em Romanos 3:20; 5:20; 10:4, lemos o seguinte:
“Visto que ninguém será justificado
diante Dele por obras da Lei, em razão de que pela Lei vem o pleno
conhecimento do pecado. Sobreveio a Lei para que avultasse a ofensa:
mas onde abundou o pecado, superabundou a graça. Porquê o fim da
lei é Cristo, para a Justiça de todo aquele que crê”
Agora, se a Lei de Deus é impraticável, o
Evangelho é impossível de ser cumprido por alguém que ainda não
nasceu de novo... Ele (o evangelho), torna-se um peso, pois o homem
natural é inclinado para o erro. Pecado, não são os atos externos,
mas uma atitude de alguém que se acha independente de Deus, em
conseguência, igual a Ele, a ponto de dizer que fará de sua vida o
que quiser, e ponto final... é claro que isso não é dito em
palavras, mas, mais forte ainda, fica claro através das ações.
O novo nascimento não é uma opção para o
homem, mas uma necessidade essencial e indispensável para a sua
Salvação. É um absurdo pensarmos que o Deus pessoal e soberano
pode ser agradado por meio de um comportamento externo do ser humano.
O homem como já dito acima, tem uma inclinação natural para o
erro. O profeta Isaías, enxergou isso claramente:
“O Boi conhece o seu possuidor, e o
jumento o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o
meu povo não entende. Porque havéis ainda de ser feridos, visto que
continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente e todo o coração
enfermo. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã,
senão feridas contusões e chagas inflamadas, umas e outras não
espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.” Isaías 1:3, 5,6
O Novo Nascimento não tem como finalidade nos
trazer uma capacitação especial de cumprir a Lei de Deus. Ele
também não é um novo código de ética moral ou obrigações
comportamentais para executarmos. Não somos aceitos por Deus por
estarmos debaixo de obrigações externas morais e éticas a serem
cumpridas... a religião é assim, os fariseus eram assim... (Jesus
os chamou de sepulcro caiado.... lindos por fora, mas podres por
dentro); Somos aceitos por Deus por causa da Sua Graça, e Graça
Plena. O Novo Nascimento é uma substituição de vida.
Quando Jesus foi levantado, na Cruz, nós fomos
atraídos a Ele:
“E eu quando for levantado, atrairei
muitos a mim mesmo” – João 12:32
Já na Cruz, morremos juntamente
com Cristo:
“Sabendo isso, que foi crucificado com Ele
o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e
não sirvamos o pecado como escravos. Porquanto, quem morreu
justificado está do pecado” – Romanos 6:6-7
E quando Cristo ressuscitou, ressuscitamos
juntamente com Ele para viver em novidade de vida.
“... e estando nós ainda mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela Graça sois
salvos, e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos
lugares celestiais em Cristo Jesus;” Efésios 2:5,6
O Evangelho da Graça não pode ser praticado. O
evangelho da Graça só é possível se o próprio Cristo viver em
nós. O próprio Senhor Jesus afirma isso em João 15:5:
“Eu sou a videira e vós os ramos. Quem
permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porquê sem mim
nada podeis fazer”
Fomos chamados por Deus para uma vida plena na
Graça de Deus, através de uma profunda comunhão com a pessoa do
Senhor Jesus:
“Fiel é Deus pelo qual fostes chamados à
comunhão de seu filho Jesus Cristo nosso Senhor” – I Co 1:9
Não fomos chamados para o serviço, para a
pregação, para a evangelização, ou para qualquer outra coisa que
você possa pensar... fomos chamados a plena comunhão de Seu filho
Jesus Cristo, e através dessa comunhão, as outras coisas afluirão
normalmente na vida do nascido de novo, do Regenerado por Jesus.
Infelizmente, assim como os fariseus da época
de Jesus, estavam ignorantes a respeito do propósito das Escrituras,
em nossos dias podemos estar cometendo o mesmo erro. Podemos estar
fazendo da Bíblia apenas um livro de consulta de ensinos éticos e
morais.
Muitas vezes examinamos
as escrituras e nos apegamos aferradamente aos ensinos secundários,
porém permanecemos cegos ao ensino e ao propósito central da
Bíblia: Revelar a Graça Salvadora de Jesus e sua capacitação para
viver uma vida plena. Precisamos da Graça reveladora para
enxergarmos muito além da Letra. Se minha maior preocupação for de
cumprir os mandamentos, andar na lei e Ter um bom comportamento
diante dos homens, ser ético e moral, o meu cristianismo não difere
muito da religião dos fariseus legalistas da época de Jesus; e
nunca me esqueço de como Jesus os chamou e tratou: raça de víboras,
sepulcros caiados, hipócritas , etc... isso me impressiona muito. Se
vivo assim, na verdade sou escravo, e o Filho de nada me libertou e
ainda o pecado vive em mim...
Se na verdade, alguém
vive no pecado, ainda não teve uma experiência do novo nascimento
através da Graça de Jesus... porque o seu nome é Jesus, e Ele veio
libertar o seu povo dos seus pecados. Amém.
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